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Esta é uma obra de ficção dedicada a ninguém.

15 de julho de 2012

Jogando Ping Pong sozinha.

Após a sua partida, passei anos jogando ping pong sozinha, colocava um lado da mesa pra cima. Eu sabia exatamente onde a bola iria cair. Até que me dei conta de que alguém poderia jogá-la pra mim, e voltei a ficar triste por não ter ninguém. Estou visitando os lugares que você disse que visitaríamos, na verdade onde você quis visitar, porque eu nunca quis ir a lugar nenhum. Mas agora percebi que eu só pensava em mim. Eu encontrei aquela sua mochila antiga, e as coisas que você carrega falam muito sobre você. As roupas, os filmes e principalmente os livros. Falavam tanto sobre você... Quis te devolver, mas falaria o que? Talvez você nem queira mais essa mochila antiga, não deve significar nada pra você, mas pra mim significa muito.
A gente gosta das mesmas coisas mesmo sendo diferentes. Ele saca muito de computador, o que eu acho muito legal. É como se ele tivesse me mostrado um mundo que eu recusava ver, eu não sei explicar, mas com ele parece tudo possível, eu tenho vontade de sair, eu tenho vontade de conversar com as pessoas quando estou com ele. 
 Falam que tenho problemas sentimentais por não ter problemas sentimentais, o que seria pior. Mas agora eu sei que estou pronta para uma relação. Pronta para enfrentar as brigas. Pronta pra passar por cima do meu orgulho só pra continuarmos juntos. Estou pronta pra não fazer nada acompanhada. Pronta para jogar ping pong acompanhada.

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