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Esta é uma obra de ficção dedicada a ninguém.

14 de maio de 2014

Mozão

E é na madrugada que tudo vem a tona, as lembranças, sonhos, arrependimentos... Já faz uma semana isso, mas só criei coragem de escrever sobre isso agora, talvez seja porque eu não tenho mais nada relevante sobre o que escrever, não que você não seja relevante. Tá. Não é mesmo, mas você é legal de longe. Bem longe, à uns 50 km. Eu sempre te achei um pouco indeciso, né? Acho que nunca estive errada. Você troca de número de mês em mês praticamente, tanto é que nunca sei que é você quando um número desconhecido me chama no Whatsapp. Nunca sei que é você e você se aproveita da situação, bem o seu tipo, me induz a joguinhos para eu poder descobrir quem é... Isso é tão você. Tão bobão que mesmo assim consegue me arrancar sorrisos às 4 da madrugada. Você conta sobre o passado, sobre quando conversávamos todos os dias, e é tão bom sentir que alguém se lembra exatamente sobre tudo, até a forma que digitamos. Você contou sobre as histórias antigas, aquelas que eu não fiz nem questão de guardar. Como por exemplo aquela vez que eu fui embora com a sua blusa de frio e você ficou louco achando que tinha perdido, ou aquela vez que você encheu o meu celular com fotos suas. E aquele dia que eu escrevi em todas as folhas do seu caderno "perdeu uma folha", e aquela outra vez que você escondeu o meu celular. Hahaha ainda te acho um fdp. E continuo odiando essa sua mania de me chamar de mozão, mô etc. Não sabia que essas memórias estavam tão vivas na sua mente, enquanto eu nem lembrava sequer de nadinha. Lembro do quanto eu adorava te encher o saco e vice-versa, obrigada por fazer o meu ano mais feliz. Como eu nunca esperava, você está crescendo, conseguiu se formar - juro que não esperava por isso-. Você diz "Obrigado, mozão. Fui feliz naqueles anos. Um dia a gente se encontra por aí, certo?" e mal sabe que quem foi feliz foi eu te enchendo o saco todos os dias. Obrigada, mozão.

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